segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Eu sempre tive a impressão de que os hotéis que fazem parte de grandes redes hoteleiras como Pestana, Mercure, Sol Meliá, Ibis, etc., acabam sendo extremamente frios e impessoais. Esta minha impressão foi plenamente confirmada nesta minha última viagem. Ficamos hospedados, por duas noites, no hotel Tryp Higienópolis, da rede Sol Meliá. Não posso dizer que tenha sido a experiência mais agradável do mundo. Para começar, demos o imenso azar de termos chegado cansadíssimos depois de uma espera no aeroporto de 7 horas, para um vôo que deveria durar, no máximo, uma hora. Não que isso tenha sido culpa do hotel, é claro! Não foi, mas o fato de estarmos exaustos, nos tirou o bom humor e a boa vontade com o fato de ter um ar condicionado que vazava e encharcava o quarto. Ao acordarmos de manhã, com o sol na nossa cara, nos deparamos com uma imensa poça de água e tivemos que aturar um funcionário durante vinte minutos dentro do quarto, para consertar o problema. Depois, ainda tivemos que esperar um outro funcionário instalar o blecaute da cortina que deveria ter sido instalado, muito obviamente, antes que nós tivéssemos que acordar com o lindo sol paulistano. Problemas resolvidos? Claro que não! No dia seguinte, acordamos novamente com uma piscina dentro do quarto.
Outra coisa que me impressiona nestes hotéis, é a má qualidade dos cafés da manhã. O que me faz voltar a um hotel, pousada ou quarto, é o café da manhã. Nem me importo tanto com o conforto do quarto. Já percebi que as melhores lembranças de hotéis estão sempre associadas com os melhores desdejuns. Um bolinho caseiro, um pão de queijo caseiro (aqueles industrializados são de matar!), uma bossa diferente, tudo isso encanta e enche os olhos, para não dizer o estômago. É tão bom quando somos surpreendidos! Da mesma forma, é desanimador quando tudo é industrializado, ou claramente comprado na padaria da esquina. A sensação é que o hotel não investiu num bom cozinheiro, e, portanto, todas as refeições, incluindo o almoço e o jantar, daquele hotel serão temerárias.
O ponto positivo, comparado com alguns hotéis concorrentes da mesma categoria, sem dúvida, foi a decoração e boa distribuição dos móveis no quarto. Entrar no quarto é uma experiência agradável. Só lamento que acordar, não tenha sido. A única coisa boa de todos esses inconvenientes é que conseguimos que nos deixassem ficar no quarto até as 18 h no dia do check out. Segundo a política do hotel, o check out deveria ser feito ao meio dia, com tolerância máxima até as 14 h. Devido aos contratempos, fizeram-nos a gentileza de nos deixar ficar com o quarto até o momento de irmos para o aeroporto. Mas, claro, isso foi negociado, nada foi oferecido de bandeja. Entretanto, devo esclarecer que a fama paulistana de tratar bem os clientes, foi mais uma vez confirmada. Todos os funcionários eram atenciosos e respondiam prontamente a qualquer solicitação que era feita.
Um último comentário: quem for a São Paulo, deve ficar atento à cobrança de uma taxa facultativa que é embutida na conta dos hotéis sem nenhuma advertência. Esta taxa, como o próprio nome já diz, não é obrigatória, e segundo informações prestadas pelo atendente do hotel, vai para a Secretaria de Turismo de São Paulo. O valor é mínimo, uma pequena porcentagem da conta, mas ela é cobrada sem nenhum aviso, quase que compulsoriamente. Acredito que poucos queiram pagar voluntariamente esta taxa. Só por esta razão, os atendentes do hotel deveriam ter a obrigação de explicar do que se trata!

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