terça-feira, 10 de agosto de 2010

Pousada dos Gravatas - Buzios

O motivo de ter ficado tanto tempo sem escrever aqui é o mais óbvio possível: falta de tempo para viagens. Pois bem, passadas as férias, mesmo sem ter feito grandes viagens, aproveitamos o último finalzinho de semana para irmos dar uma conferida em Búzios, coisa que não fazíamos há uns sete anos, aproximadamente, se não me falha a memória! É justamente nessas horas que a gente vê como o tempo voa! Ao retornarmos, praticamente não reconheci o lugar, não consegui chegar facilmente à querida Geribá que tantas vezes alegrou meu verão na adolescência. Mas se a escolha do lugar para visitar foi excelente para a quebra do jejum de viagens curtas (e longas), não posso dizer o mesmo quanto à pousada escolhida. Por sorte ou azar, conseguimos ficar na pousada que planejávamos ficar, mesmo sem termos feito as reservas (acreditamos, errôneamente, que Búzios, num final de semana de inverno estaria vazia). Ao chegarmos, nos dirigimos diretamente para a Pousada dos Gravatás, famosa e privilegiada pela localização, bem em frente ao mar de Geribá. Ainda chegamos a ligar para várias outras pousadas a fim de fazermos levantamente de preços, mas todas as 4 que ligamos estavam lotadas! Desistimos e resolvemos aproveitar o local. Aproveitar é modo de dizer. A maior qualidade da Pousada dos Gravatás, como já disse é a localização, que possibilita um visual incrível da varanda das suítes e zero esforço para chegar na praia. Quanto aos quartos, o máximo que se pode falar é que são adequados. Nada de maravilhoso, mas também sem nada que comprometesse (talvez exceto o chuveiro de difícil regulagem de temperatura). Mas o que a pousada tem de pior é, definitivamente o serviço! E isso foi algo que me surpreendeu muitíssimo, tendo em vista o tempo de existência da referida Pousada e o fato de a mesma estar sempre cheia de hóspedes. Para começar, o almoço oferecido pela pousada, e incluso no preço da diária, é fraquíssimo! São apenas duas opções de entrada, prato principal e sobremesa, o peixe que escolhemos veio bastante ressecado e com pouco molho, e a sobremesa era um pudim (na verdade, um flan) daqueles de caixinha! Decepcionante. Pior foi o que veio depois, pedimos para a moça do restaurante, que estava vazio naquele momento, para lavar a mamadeira de suco de minha filha, e a mesma respondeu que havia uma pia destinada para isso, fora do restaurante. Jà um pouco irritada com a má vontade da moça, me dirigi ao local indicado, crente que se tratava de um lugar apropriado para mães de filhos pequenos que precisam de uma certa infra-estrutura para viajar. Pensei que seria um lugarzinho com pia, microondas, trocador, como tantas vezes já vi em outras hospedagens. Que nada! Tratava-se da pia do bar, perto da recepção, onde não havia nem sequer um detergente dando sopa! Tive que pedi-lo para uma funcionária da pousada que foi na cozinha pegar o detergente e ficou ao meu lado o tempo todo, esperando que eu terminasse o uso do mesmo para levá-lo de volta! Tudo bem, vocês podem estar pensando que não se trata de uma pousada destinada a um público infantil e que nós é que forçamos a barra ao ficarmos lá. Pode até ser, mas acham que tirando as crianças o serviço melhoraria? Ledo engano. A pousada cobra extra para fornecer cadeiras de praia. E não é só isso. Querendo usá-las, vc deve carregá-las até a praia, assim como também deve carregar a barraca, não havendo um único funcionário destinado a isso no local. Da mesma forma, terminado o uso, você deve trazê-las de volta e se prepare: não pode entregar tudo para o mesmo funcionário! Procure cada um dos diferentes funcionários destinados a receberem os diferentes itens. Pior foi o café da manhã: para mim, pousada que se preze deve ter um café da manhã inesquecível! Pois esta até pode ter um café inesquecível, mas pelo pior motivo possível:não havia fartura, as opções não eram variadas, apenas um tipo de suco, dois tipos de pães, os frios tinham quantidade limitada (uma fatia de queijo branco, uma fatia de queijo amarelo, uma fatia de presunto e uma de blanquete) por pessoa, os bolos eram insossos e se você quisesse incrementar o café da manhã com um simples ovo mexido, item obrigatório em qualquer café da manhã de pousada, teria que pagar por fora!
A impressão que nos ficou, é que, por estar há muito tempo sedimentada no mercado, a Pousada dos Gravatás não acha mais necessário seduzir seus clientes. O grande engano dela é achar que o carioca não muda o comportamento. Ela está errada. Os cariocas, principalmente com a proximidade da Olimpíadas e da Copa, estão cada vez mais exigentes quanto as serviços prestados por terceiros. Com a estabilidade econômica, temos viajado bem mais e estamos aprendendo a sermos bem tratados de modo que atitudes inflexíveis como a recusa em retardar o check out, principalmente num dia em que haveria uma maratona na Ponte Rio X Niterói, soam como antipáticas e desencorajam um retorno. Desencorajam é modo de dizer, porque de minha parte, posso afirmar categoricamente que jamais voltarei àquela hospedagem, ainda mais tendo tantas outras concorrentes na região para experimentar!